Segundo a “Economist Intelligence Unit (EIU)”, empresa de consultoria e pesquisa ligada à revista “The Economist”, o Brasil já se tornou, neste ano de 2011, a sexta maior economia do mundo, ou seja, o sexto maior produto interno bruto (PIB) medido em dólares à taxa de câmbio corrente.
Como o câmbio tem sofrido flutuações bruscas, quem acha que é o caso de estourar um champanhe deveria esperar pelo fim do ano, quando se poderão fazer as contas com precisão: a diferença entre o PIB estimado para o Brasil, 2,44 trilhões de dólares (mesmo considerada redução da projeção de crescimento de 3,5% para 3%) e o do recém-ultrapassado Reino Unido, 2,41 trilhões (com crescimento de 0,7%) é de 1,2%, diferença que pode facilmente triplicar ou se inverter num só dia de oscilação cambial.
Ainda assim, é de se notar que a dimensão da economia brasileira tenha ultrapassado ou esteja para ultrapassar aquela que foi a maior potência econômica do Ocidente – ou considerando-se seu enorme império colonial, de todo o mundo – de meados do século XIX até a I Guerra Mundial.
Segundo “The World Economy”, obra de Angus Maddison, em 1820, o PIB britânico (sem as colônias) era 12,4 vezes maior que o do Brasil; em 1870, era 14,3 vezes maior; em 1913, 11,7 vezes maior. Em 1992 (segundo a OCDE), essa relação tinha caído para 2,6 e em 1995, com o câmbio semi-congelado pelo Plano Real, para 1,5.
Mas o colapso das malfadadas políticas cambiais de Gustavo Franco e Chico Lopes [presidentes do Banco Central no governo FHC/PSDB/PFL-DEM] a fez voltar a subir para 2,62 em 1999 e 3,35 em 2003 [isto é, a economia brasileira apequenou-se no período, encolheu em relação ao PIB britânico].
Desde então, a relação caiu continuamente [significando que o Brasil cresceu bem mais que o Reino Unido nos governos Lula/Dilma]: 2,04 em 2007, 1,61 em 2008, 1,36 em 2009 (ano em que o PIB do Brasil ultrapassou os PIB do Canadá e Espanha e se tornou o oitavo do mundo), 1,07 em 2010 (quando ultrapassou o PIB da Itália) e 0,99 agora em 2011 [isto é, ultrapassando o Reino Unido.