quinta-feira, 22 de julho de 2010

Janio Mendes Reuniu mais de mil pessoas em lançamento de sua candidatura a uma vaga no legislativo Estadual

Há muito tempo a esquerda em Cabo Frio não realiza um evento com o que foi feito no lançamento da candidatura de Janio Mendes para deputado Estadual no Club Tamoyo, com as presenças do Prefeito de Búzios Mirinho Braga e José Bonifacil a festa de lançamento foi considerada um sucesso. e cá para nós, não seria nada mau um deputado eleito pela nossa região que frequente as seções da ALERJ NÃO É!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mídia : Estado de São Paulo

Data : 04/07/2010

Aquisições brasileiras no exterior superam compras de múltis no Brasil

De janeiro a maio, as companhias nacionais investiram US$ 11,16 bilhões, enquanto os estrangeiros trouxeram US$ 10,68 bilhões para o PaísRaquel Landim -- O Estado de S.PauloNa semana passada, a siderúrgica Gerdau comprou as ações que ainda não detinha na Ameristeel por US$ 1,6 bilhão. Quinze dias atrás, o frigorífico Marfrig levou a Keystone por US$ 1,26 bilhão.Esses são os dois lances mais recentes da retomada da internacionalização das empresas brasileiras. As multinacionais verde-amarelas estão aproveitando o real forte e as pechinchas oferecidas no pós-crise para ir às compras.Os empresários brasileiros adquiriram mais concorrentes no exterior que os estrangeiros no País neste início de ano. De janeiro a maio, as companhias nacionais investiram US$ 11,16 bilhões em aquisições ou no aumento de sua participação em companhias das quais já eram sócias.O valor superou os US$ 10,68 bilhões que os estrangeiros trouxeram ao País para aquisições. Os Estados Unidos se tornaram o principal alvo e absorveram 40% dos investimentos (excluídos paraísos fiscais).O cálculo exclui as transferências entre matrizes e filiais. O investimento direto é a soma da compra de participações no capital e de empréstimos inter-companhias. Para o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luis Afonso Lima, “as aquisições não são um movimento tático, mas estratégico das empresas nacionais no exterior”.A única vez que os brasileiros compraram mais empresas no exterior que agora foi em 2006, quando a Vale adquiriu a canadense Inco por US$ 18 bilhões. A magnitude da transação distorce os dados, o que torna a virada atual inédita. Em 2004, os brasileiros investiram US$ 6,64 bilhões em aquisições no exterior.Com exceção de 2006, o recorde foi em 2008, com US$ 13,9 bilhões -- pouco acima do obtido em cinco meses deste ano. As aquisições no exterior demonstram a robustez das empresas brasileiras no pós-crise, mas são mais um fator de pressão nas contas externas do País, que devem terminar o ano com déficit de cerca de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).Oportunidade. Em fevereiro, a petroquímica Braskem comprou a divisão de polipropileno da americana Sunoco por US$ 350 milhões. “Entramos na crise com dinheiro em caixa. O que é crise para uns, é oportunidade para outros”, diz o vice-presidente de relações institucionais e desenvolvimento sustentável da Braskem, Marcelo Lira.Os objetivos da Braskem com a internacionalização são ganhar escala e ter acesso a matéria-prima. É por isso que a empresa prevê investir US$ 2,5 bilhões em um polo petroquímico no México até 2015.A Braskem já tem contrato de fornecimento de nafta com a Pemex. “As aquisições vão continuar, porque os planos são passar de oitava para quinta petroquímica do mundo até 2020″, disse Lira.Outra que aproveitou as oportunidades da crise foi a Votorantim, que adquiriu 21,3% da portuguesa Cimpor em janeiro, após feroz briga com os concorrentes Camargo Correa e CSN. Foi o último lance de um processo de ida para o exterior que começou em 2001. Com destaque para cimento e metais, a empresa está presente em 22 países.Um conjunto de motivos impulsiona a internacionalização das empresas brasileiras. Segundo o gerente do projeto de internacionalização da Fundação Dom Cabral, Sherban Leonardo Cretoiu, as companhias estrangeiras perderam valor de mercado na crise.Além disso, a valorização do real aumentou o poder de compra dos brasileiros. Outro fator é a consolidação provocada pela crise, com o surgimento de grupos como Itaú Unibanco e Brasil Foods (Sadia e Perdigão) que vão buscar o exterior.Oferta hostil. Para aproveitar as boas oportunidades, as empresas brasileiras estão mais agressivas. A fabricante de máquinas Romi fez uma oferta hostil pela americana Hardinger. O conselho da companhia americana resiste, mas os executivos da Romi estão fazendo uma peregrinação de conversas com os acionistas. Na primeira tentativa, tiveram 38% de adesão. Estenderam o prazo e já conseguiram, 48%.O presidente da Romi, Livaldo Aguiar dos Santos, explica que precisa de 66% para completar a aquisição. “Nossa oferta hoje é de US$ 10 por ação, mas estamos dispostos a conversar com o conselho da Hardinger.” A Romi tem 90% de seu faturamento no Brasil. Com a Hardinger, cairia para 45%.A internacionalização ganhou fôlego este ano, mas começou há bastante tempo. A Gerdau foi uma das pioneiras em 1980 e hoje obtém metade do faturamento no exterior. “Buscamos participação em mercados-chave, ampliando a atuação nas Américas e ocupando espaços na Europa e na Ásia”, diz o diretor-presidente da empresa, André Gerdau Johannpeter.Em 2008, a Gerdau adquiriu uma fatia da mexicana Corso Controladora e aproveitou a crise para elevar sua participação na espanhola Sidenor.Para os especialistas, 2009 foi apenas uma interrupção na tendência de internacionalização. Pesquisa da Fundação Dom Cabral com 41 companhias indicou que apenas uma não tem planos de expandir suas operações no exterior este ano.

Meu Comentário:

As Multinacionais Brasileiras e o Salto Esperado do Etanol Para o MundoNomes de peso como Vale, Gerdau, Marfrig, Braskem, Odebrecht, Camargo Correa, CSN, Romi, Sabó, Marcopolo, Itaú Unibanco, Bradesco, JBS, Brasil Foods, Oi, Embraer, Petrobras e tantos outros serão cada vez mais conhecidos mundialmente.O forte crescimento da economia brasileira combinado com a grave crise nos EUA e na Europa nos próximos 10 anos promete uma interessante revolução da presença brasileira nestas áreas de competição mundial.O setor brasileiro do etanol pode ter em breve um grande incentivo para avançar pelos EUA como uma nuvem de gafanhotos. Diante do maior desastre ambiental dos EUA, no Golfo do México, o presidente Obama finalmente começa a abraçar a bandeira da energia renovável e da redução da dependência de petróleo.O desastre no Golfo do México abriu a discussão interna sobre se vale a pena a exploração de petróleo em águas profundas e o incentivo à ampliação do uso do biocombustível. Frente ao explosivo déficit público, o governo americano se vê forçado a pensar na eliminação dos subsídios locais.Segundo Marcos Jank, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), o velho argumento de que a abertura do mercado americano de etanol só vai beneficiar o Brasil caiu por terra.O Congresso dos EUA terá que enfrentar duas decisões até o final de 2010. Uma é acabar com a tarifa específica de importação de etanol, de US$ 0,54 por galão, que torna inviável a exportação brasileira ao mercado americano.Outra é acabar com o subsídio de US$ 0,45 a cada galão de etanol (de milho) adicionado à gasolina nos EUA, que vigora desde 1978 e inflaciona o preço do produto no mercado local.Entre os anos de 1975 e 2005, o Brasil economizou mais de US$ 70 bilhões nas importações evitadas de petróleo e derivados, graças ao uso do etanol. Imaginem quanto ganharia exportando este combustível fortemente para EUA, Europa e China?A missão da UNICA é liderar o processo de transformação do tradicional setor de cana-de-açúcar em uma moderna agroindústria capaz de competir de modo sustentável no Brasil e ao redor do mundo nas áreas de etanol, açúcar e bioeletricidade.A associação atua em sintonia com os interesses de 123 companhias produtoras de açúcar, etanol e bioeletricidade, responsáveis por mais de 50% do etanol e 60% do açúcar produzidos no Brasil.O mais interessante em termos de tendência para o futuro são os movimentos recentes das grandes petroleiras mundiais, que se curvaram e estão investindo pesado na produção de etanol.A venezuelana PDVSA está importando usinas completas produzidas em Piracicaba e em Sertãozinho. Além dela, já anunciaram pesados investimentos no setor de biocombustíveis `verde-amarelo´ a British Petroleum (BP) e a Shell, que acaba de se associar com a Cosan.A Petrobras deve se associar ao megaprojeto da ETH & Brenco para poder marcar terreno com as petroleiras estrangeiras que já estão no país.Não foi por idealismo ou compromisso com o meio ambiente que as petroleiras estão mudando de foco, mas porque não sobreviverão e continuarão a perder seus mercados se não acordarem agora para a grande mudança.Porém, há enormes desafios para o etanol. Como exemplo, a Toyota e a Mitsubishi fazem lobby contra o motor flex no Congresso americano. A Toyota está sendo investigada lá pelo megarecall de mais de 8 milhões de veículos. Já a Mitsubishi está investindo pesado para, a partir de 2013, lançar seus veículos elétricos no Brasil.Outro exemplo foi o movimento que procurou mostrar ao mundo que a produção de etanol roubava espaço para a produção de alimentos. Tal campanha foi patrocinada por grandes corporações como a Nestlé e a Pepsico, dentre outras, que contrataram uma agência de relações públicas com sede em Washington.A realidade do etanol a partir da cana-de-açúcar mostrou que os argumentos usados eram artificiais e falsos.